A prisão em flagrante foi realizada na orla da
praia do maçarico, naquela cidade, no exato momento em que as acusadas acabavam
de receber um pacote com R$ 75.000,00 em dinheiro das mãos de um sobrinho do
prefeito. Todas cédulas do dinheiro foram fotocopiadas antes da entrega.
A operação policial foi planejada há dois meses,
logo após o prefeito formular a denúncia à Promotoria de Justiça de Salinópolis.
A denúncia foi repassada à Delegacia-Geral da Polícia Civil, que determinou uma
equipe do NIP para investigar os fatos.
Os investigadores apuraram que a vereadora estaria
exigindo R$ 100.000,00 para não levar adiante o processo de cassação do gestor
municipal, que é presidido pela parlamentar. A sessão para decidir sobre a
abertura, ou não, do processo está marcada para a próxima quinta-feira na Câmara
de Vereadores.
O prefeito alega que vinha sofrendo extorsão por parte da
vereadora desde o segundo semestre do ano passado. Outras duas pessoas,
inclusive um advogado, estariam envolvidas no esquema.
A vereadora e a assessora foram autuadas em
flagrante e indiciadas na prática dos crimes de extorsão, corrupção passiva e
formação de quadrilha ou bando. Ambas serão transferidas ao Centro de Recuperação
Feminino (CRF), no bairro do coqueiro, em Ananindeua/PA.
Em depoimento aos Delegados, a vereadora justificou
o recebimento do valor em dinheiro alegando que pretendia desmascarar o
prefeito e mostrar o dinheiro durante a sessão da próxima quinta-feira, na
Câmara Municipal de Salinópolis, com vistas a provar os atos de corrupção
supostamente cometidos pelo gestor.
A vereadora Jamili e a assessora Marly com o pacote de dinheiro
Os investigadores disfarçados de banhistas dando voz de prisão
Cópias das cédulas junto às cédulas originais que comprovam o crime
Fonte: Polícia Civil do Pará
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