O ex-policial Jorge Manoel Barbosa Cunha, 64 anos, passou pouco mais de 24 horas preso na Penitenciária de Cucurunã acusado da morte do adolescente Edinelson da Silva Pereira, 17 anos, morto com um tiro nas costas no dia 21/04/1991.
Jorge, que hoje é músico da Filarmônica Municipal de Santarém, estava com Mandado de Prisão em aberto desde à época dos fatos, e só foi preso no dia em que o crime completava 19 anos, no feriado de Tiradentes, enquanto ensaiava com a filarmônica.
No decorrer do Júri, tudo indicava que o Réu poderia ser condenado, mas após um debate de quase quatro horas entre defesa e acusação, a maioria dos 7 jurados reconheceu a versão do ex-policial de que sua arma teria disparado acidentalmente quando perseguia o menor, depois que este tropeçou num buraco.
No final do Júri, o veredicto da maioria dos jurados optou pela tese da Defensoria Pública que defendeu a desclassificação do crime de Homicídio Simples, que seria punido com um mínimo de seis anos e o máximo de vinte anos, pelo crime de Homicídio Culposo, aquele em que o réu não tem a intenção de matar, e acabou tendo uma pena de 02 anos, 02 meses e 22 dias de detenção, em regime semi-aberto.
O crime:
Segundo consta nos autos, o incidente, que resultou na morte do adolescente, ocorreu quando policiais diligenciavam para prender integrantes de gangs que teriam efetuado um assalto na área conhecida, à época, como ‘curral das éguas’, formada por vários bares e pontos de prostituição no bairro da Interventoria, em Santarém/PA.
Durante a perseguição policial, houve tumulto generalizado e a vítima saiu correndo, sendo baleada pelas costas.
O Júri foi presidido pelo Juiz Gérson Marra Gomes, da 10ª Vara Penal, sendo que na defesa do Réu atuou a Defensora Pública Susana Hoyos Rebouças, enquanto na acusação atuou os Promotores Públicos Rodrigo Aquino Silva e Adler Calderaro Sirotheau, que anunciaram ao final da sessão que vão recorrer da sentença.
Jorge ficou de ser liberado na sexta-feira, 23, por força de Alvará de Soltura.
Fonte: Com informações do Analista Judiciário e Jornalista J. Ninos
Nenhum comentário:
Postar um comentário