Tudo começou quando uma guarnição da Polícia Militar, usando a viatura 5205 e composta por apenas dois policiais, foi atender uma ocorrência de agressão física no bairro diamantino, em Santarém/PA.
Chegando naquele bairro, os policiais encontraram a vítima, o cidadão João dos Santos Sá, apresentando lesões no corpo e disse ter sido agredido pelo cidadão Elinaldo Pereira da Silva, conhecido por ‘Pixó’, indicando o local onde o agressor se encontrava, num campo próximo.
Os policiais diligenciaram até o local indicado pela vítima e ali localizaram o agressor, que ao ser abordado para ser conduzido para a 16ª Seccional, se exaltou, resistiu à prisão e foi algemado.
Pronto! Daí começou aquele ‘disse-me-disse’, ‘puxa-pra-cá’, ‘puxa-pra-lá’, ‘leva-não-leva’ entre populares e policiais, começando um tumulto generalizado.
‘Pixó’, além de acusado de agressão física, era a pessoa que estava promovendo um evento num campo daquele bairro, e logo seus colegas, alguns já alcoolizados, ‘tomaram as dores’ e tentaram impedir sua detenção.
Os dois policiais já cercados por populares e sentido ‘acuados’ no local, pediram reforço policial, que chegou logo depois, mas foi pior.
Os mais exaltados, afoitos e muito salientes, não se intimidaram com a chegada do reforço policial e começaram o confronto na tentativa de resgatar ‘Pixó’ das mãos dos policiais.
Já prevendo um fato trágico, os policiais pediram mais reforço para o local, quando para ali foi enviado uma equipe do GTO (Grupo Tático Operacional), que já chegou de ‘carrão de sena’ para cima dos ‘bagunceiros’, inclusive disparando tiros não letais (bala de borracha) e gás de pimenta, quando conseguiram afastar os vândalos e retirar os policiais e o detido do local, porém a viatura foi danificada com uma das muitas pedras e pedaços de paus que foram arremessadas.
Como 'contra a força não há resistência', que 'a meta da polícia é manter a ordem pública', e que o 'lugar de baderneiros e marginais é a cadeia', cinco pessoas, que seriam os líderes do tumulto, foram presas em flagrante.
Várias viaturas foram deslocadas para o local para conter o tumulto generalizado e retirar os policiais e presos do local.
As cinco pessoas presas foram: Inácio da Silva, vulgo ‘Careca’, 30 anos, residente na Rua São João, nº. 215, bairro diamantino; Rocila Moraes dos Santos, vulgo ‘Silas’, 41 anos, residente na Rua José do Patrocínio, nº. 170, bairro Santo André; Eliel Vilasboas de Sousa, 50 anos, residente na Rua Monte Alegre, nº. 333, bairro Santo André; Iranilson Vieira de Jesus, 22 anos, residente na Rua Sol Nascente, nº. 1442, bairro Santo André; e José Edinho Magno Garcia, vulgo ‘Dinho’, 24 anos, residente na Travessa Portugal, nº. 1568, bairro diamantino, todos em Santarém. Eles foram autuados em flagrante pelo Delegado Domingos Djalma Rego Pereira e indiciados por Dano Qualificado, Desacato, Resistência e Formação de Quadrilha ou Bando. Todos negaram qualquer participação nos crimes, mas já estão na penitenciária à disposição da Justiça.
O problema saiu barato para Elinaldo Pereira da Silva, vulgo ‘Pixó’, 26 anos, residente na Rua São João, nº. 200, bairro diamantino, em Santarém, que, apesar de ser o pivô de todo o tumulto, foi submetido a um procedimento especial e encaminhado ao Juizado Especial Criminal para responder apenas por lesão corporal, enquanto que os ‘salientes’ e ‘valentões’, estão vendo o ‘sol nascer quadrado’ na xambica do Sistema Penal.
Inácio da Silva - 'Careca'
(Pensou que tamanho e obesidade era documento, mas quebrou a cara...)
Eliel Vilasboas de Sousa
(Tamanho velho, que deveria dar bons exemplos para os mais novos. Tá em cana.)
Rocila Moraes dos Santos - 'Silas'
(Pensou que tudo fosse ficar 'dito pelo não dito', mas caiu a ficha quando recebeu voz de prisão do Delegado)
Elinaldo Pereira da Silva - 'Pixó'
(Começou o problema e saiu numa boa porque está em liberdade. Já os outros...)
A viatura 5205 da Polícia Militar foi danificada por pedradas
Fotos: Hitamar Santos