O Delegado de Polícia Civil Cleber Gnatta, lotado na cidade de Mâncio Lima/AC, se envolveu em um acidente de trânsito e causou a morte da técnica de enfermagem Fátima Rocha de Souza, de 28 anos. O fato aconteceu por volta das 12:00 horas de ontem, 5.
Era o primeiro dia de trabalho de Fátima Rocha de Souza como técnica de enfermagem no Posto de Saúde do bairro São Francisco, em Mâncio Lima. Ela tinha acabado de assinar um contrato efetivo com a Secretaria Municipal de Saúde.
A jovem esteve na agência do Banco do Brasil, no centro do pequeno município, e retornava para a casa de um cunhado, e a poucos metros da praça, pilotando sua motocicleta, modelo Pop, e em uma leve descida, colidiu frontalmente com uma viatura descaracterizada da Polícia Civil, modelo L-200, dirigida pelo Delegado da cidade. Fátima teve morte instantânea.
Rapidamente centenas de curiosos cercaram o local. O Delegado saiu da viatura e ligou para o resgate e para a Polícia Militar, segundo informaram os policiais da guarnição de trânsito que atenderam a ocorrência. De acordo com o Sargento Reginaldo Oliveira de Almeida, o Delegado só deixou o local do acidente na companhia do Promotor de Justiça da cidade, após a chegada da Polícia Militar.
O Delegado Geral da Região, Elton Futigami, esteve no local do acidente e trouxe o colega, Cleber Gnatta, para ser ouvido em Cruzeiro do Sul. Futigami deixa claro que, assim como qualquer outro cidadão que presta socorro a uma vítima após um acidente, Gnatta não podia ser autuado em flagrante, como rege o artigo 301 do Código de Trânsito Brasileiro.
Porém, Elton Futigami, explica que um inquérito já foi instaurado para apurar se houve responsabilidade do Delegado e os laudos do IML e da Polícia Técnica que serão fundamentais para investigação, já foram solicitados. ‘Assim que for concluído, nós vamos encaminhar ao Ministério Público que pode ou não oferecer denúncia’, esclarece.
O Delegado Cleber Gnatta disse em depoimento que estava indo ao Ministério Público e trafegava atrás de um veículo Space Fox que parou bruscamente e ele teve que desviar, quando retornava para a sua faixa colidiu com a motocicleta que trafegava rápido quase pelo meio da pista, segundo o depoimento.
A condutora do carro que estava à frente do Delegado era a professora Francisca de Oliveira Rodrigues. Ela nega que tenha parado e afirma que trafegava em velocidade normal para o trecho, cerca de 40 quilômetros por hora, quando de repente foi ultrapassada pelo carro dirigido pelo Delegado. ‘Não tem desculpa, o que ele fez foi uma loucura. Ultrapassar ali numa subida, meu Deus do Céu, ela ainda tentou desviar, mas não deu’, disse a professora ainda em estado de choque com a cena do acidente.
Muitas pessoas da cidade ficaram revoltadas e mostravam as marcas de frenagem na contra mão, que segundo elas, são do carro do Delegado.
Local do acidente: a viatura descaracterizada da Polícia Civil e a motocicleta da vítima
O corpo da vítima sendo removido por uma equipe do Instituto Médico Legal
As marcas de sangue da vítima no asfalto. Ela teve morte no local
A vítima Fátima Rocha de Souza e o Delegado Cleber Gnatta
Fonte: Com informações e fotos da Tribuna do Juruá
3 comentários:
Isso não pode acontecer jamais, um delegado! que exemplo é esse? a sanção a ele devem ser exemplar, os familiares devem ficar de olho no caso.
é verdade,os familiares tem que ficar de olho,esses policiais se acham dono do mundo e são tão irresponsável quanto...
Discordo!Não acho que os policiais se acham o dono do mundo,creio que eles só fazem o trabalho dele,quem tem que ter raiva de policia é bandido,e a familia da moça que foi acidentada,até pq isso é inevitavel.Sinceramente tds sabemos que da mesma forma q isso aconteceu com o delegado poderia acontecer com um de nós mesmos.Sei o quanto a familia da moça está sofrendo,mais se coloquem no lugar dele tbm!
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