terça-feira, 10 de agosto de 2010

POLÍCIAS CESSAM BUSCAS AOS ASSALTANTES DO BANPARÁ, MAS APREENDEM CARRO E DINHEIRO

Depois de sete dias de buscas aos três assaltantes que roubaram mais de um milhão em dinheiro da Agência do Banco do Estado do Pará, em Santarém/PA, as equipes de policiais Civil e Federal chegaram de retorno hoje, 10, por volta das 17:00 horas, no prédio da 16ª Seccional Urbana de Santarém.
Os policiais não conseguiram prender os três assaltantes, que alcançaram a Rodovia Transamazônica, próximo a cidade de Uruará/PA, e dali sumiram sem deixar pistas, mas apreenderam um veículo VW/Gol 1.0, prata, placa JHM-7649, usado na fuga até ser abandonado numa estrada da região do rio curuatinga, e também deter seis pessoas que ajudaram na fuga dos assaltantes e apreender R$-14.900,00 em dinheiro que foram encontrados com as seis pessoas detidas.
A diligência policial de busca aos assaltantes começou no mesmo dia do roubo, quando vários policiais civis ao comando dos Delegados Silvio Birro (GCCO), Jamil Casseb, Germano do Vale, Nelson Nascimento e até do Superintendente Jardel Guimarães, e agentes federais ao comando do Delegado Dutra, saíram no encalço dos três assaltantes que, usando um veículo VW/Gol prata, fugiram pela Rodovia Santarém/Curuá-una, passaram pela Hidrelétrica de Curuá-una e pegaram uma estrada que liga Santarém à cidade de Uruará/PA, onde desapareceram.
Os policiais usaram vários veículos caracterizados, descaracterizados e até um helicóptero, cedido pelo Ibama, na tentativa de localizar e prender os assaltantes, mas devido a péssima conservação da estrada, a mata fechada e de difícil acesso e deficiência na comunicação, contribuíram para fuga dos assaltantes, principalmente pelo apoio dado por seis empregados de uma madeireira localizada na região do rio curuatinga.
Até agora a polícia apurou que somente três homens participaram do roubo contra o banco Banpará. Eles não usaram arma longa (fuzil ou metralhadora), apenas 'pistolas' para intimidar o gerente do banco, sua família e os funcionários da agência. Dois deles entraram na agência, um para arrecadar o dinheiro e outro para render os funcionários, e o terceiro indivíduo estava com a família do gerente nas matas, às margens de um pequeno ramal localizado nos bairros urumari/maicá.
Depois que saíram com as malas de dinheiro do Banpará, os dois assaltantes seguiram até um carro VW/Gol, que estava estacionado na Travessa 15 de novembro, centro, e dali rumaram para os bairros urumari/maicá, onde apanharam o terceiro assaltante. Os três assaltantes saíram em fuga pela Avenida Curuá-una, passando pelo portão da hidrelétrica e seguiram pela estrada Santarém/Uruará, até se esconderem no mato, com o carro, há alguns quilômetros, onde ficaram por quase dois dias. Depois passaram a usar a seguinte estratégia: viajavam poucos quilômetros e depois se escondiam com o carro dentro do mato.
Apesar da estrada quase intrafegável, os assaltantes conseguiram chegar, no sábado à tarde, com veículo VW/Gol na região do rio curuátinga, onde o veículo sofreu avarias e não teve condições de seguir viagem. Dali seguiram andando até uma pequena madeireira, onde negociaram e compraram, à vista com o dinheiro do roubo, duas motocicletas, pagaram o responsável da madeireira e um operador de pá carregadeira para retirar o veículo avariado da estrada e esconder dentro do mato, além de gratificar todos os funcionários que ali estavam.
Os assaltantes, dois deles já sem camisa, porém todos portando armas na cintura, pagaram os funcionários para instruí-los do caminho e como chegar até a cidade de Uruará.
Quando os assaltantes chegaram na madeireira, todos os funcionários já sabiam do assalto ocorrido na agência do Banpará em Santarém, visto que os policiais já tinham estado naquele local à procura dos assaltantes, mas depois se venderam e enganaram os policiais em troca de dinheiro, porque não avisaram que os assaltantes tinham estado ali e já tinham seguido para Uruará. Tal comportamento foi tido pela polícia como crucial para que os assaltantes tivessem êxito na fuga.
Depois que foi descoberto o apoio dado pelos funcionários da madeireira para os assaltantes, já domingo à noite, os policiais ainda tentaram colocar em prática um plano para frustrar a saída dos assaltantes na Rodovia Transamazônica, próximo a cidade de Uruará, e saíram todos em diligência por vários ramais, mas já era tarde, os três assaltantes já tinham fugido em duas motocicletas levando três mochilas nas costas com o dinheiro do roubo.
As seis pessoas que venderam auxilio aos três assaltantes e que estão detidas na 16ª Seccional são: José Jonas Alves dos Santos – ‘Jonas’, 26 anos; Abenai da Paz da Silva – ‘Biá’, 35 anos; Adelson Araújo de Lima – ‘Adelson’, 23 anos; Doraci Nascimento de Sousa – ‘Dora’, 38 anos; Francisco das Chagas Ramos da Silva – ‘Chagas’, 27 anos; e Francisco dos Santos – ‘Jânio’, 49 anos, todos moradores de Mojuí dos Campos/PA.
Segundo o Delegado Silvio Birro Duarty Neto, diretor do GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado) em Santarém, apesar de não conseguir prender os acusados do roubo, as investigações vão continuar para se identificar os autores e requerer suas prisões ao Poder Judiciário.
José Jonas Alves dos Santos - 'Jonas'
(Ganhou uma 'ponta' dos assaltantes para esconder o carro no mato)
Abenai da Paz da Silva - 'Biá'
(Vendeu, na hora, sua moto surrada para os assaltantes)
Adelson Araújo de Lima - 'Adelson'
(Ocultou informações para a polícia em troca da grana dos bandidos)
Doraci Nascimento de Sousa - 'Dora'
(Gerente da madeireira, também recebeu uma boa 'ponta' dos assaltantes)
Francisco das Chagas Ramos da Silva - 'Chagas'
(Também meteu no bolso um pouco da grana do assalto em troca do 'bico calado')
Francisco dos Santos - 'Janio'
(Alegou que recebeu dinheiro dos assaltantes porque todos pegaram)
O veículo VW/Gol que os três assaltantes usaram na fuga
Delegados decidindo o rumo da diligência na caça aos assaltantes
Policiais Civis e Federais em diligência na estrada do rio curuatinga 
Fotos: Hitamar Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

Nada está perdido. Eu acredito na inteligência da polícia de Santarém.
Basta uma pista.