quinta-feira, 10 de junho de 2010

PRESIDIÁRIOS ESTÃO SENDO JULGADOS PELA MORTE DE COMPANHEIROS DE CELA

Começou anteontem, 08, no Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Justiça da Comarca de Santarém o julgamento de seis, dos oito, Réus acusados da morte de dois detentos, durante rebelião ocorrida no dia 17 de julho de 2005 no Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura - Penitenciária de Cucurunã.
Naquela ocasião, foram mortos à estocadas os presos provisórios Jociney da Silva Gonçalves e Néris Fernandes Vieira. Inicialmente apenas dois presos assumiram o duplo homicídio, entretanto, após a abertura de inquérito policial e sindicância interna realizada pela Susipe (Superintendência do Sistema Penal), outros nomes foram arrolados no processo.
São acusados do crime os seguintes Réus: Geovan de Jesus Coutinho – ‘Neguinho’, Aldir dos Santos Sousa – ‘Nego Bob’, José Ribamar Correa Farias – ‘Gibi ou Gago’, Raimundo Erisson Oliveira dos Santos – ‘Fela’, Raimundo Celineudo de Assis Silva – ‘Dão’, Damião Romano Mendes – ‘Damico’, Denis Welverton Silva Sousa – ‘Dênis’, e Albertino dos Santos Mendes – ‘Pojó’. Esses dois últimos não foram apresentados pela Susipe, estando presos em Belém/PA, e serão julgados em outra oportunidade.
O Júri está sendo presidido pelo Juiz de Direito Gérson Marra Gomes, tendo na acusação os Promotores Públicos Rodrigo Aquino Silva e Paulo Roberto Monteiro. Na defesa estão o Advogado Eduardo Maurício Silva Fonseca (defensor de Geovan), e as Defensoras Públicas Eliana Socorro Santos Vasconcelos (defensora de Damião) e Emilgrietty Silva dos Santos (defensora dos demais Réus).
O crime:
Segundo consta nos Autos, o preso Jociney da Silva Gonçalves, que era acusado de estupro, ao chegar ao presídio junto com Néris, foi colocado na ala de Réus condenados e acabou sendo vítima de estupro por parte de um dos detentos.
Alguns dias após o estupro, ele teria mostrado a disposição de denunciar o que teria acontecido, e acabou sendo morto durante uma rebelião, juntamente com seu colega de cela.
O crime ocorreu na ala B do Pavilhão 2, e segundo consta na sindicância da Susipe, após a morte, os cadáveres dos dois presos foram levantados como troféus, numa provocação aos presos de outro pavilhão onde já havia ocorrido uma rebelião que vitimou o preso conhecido por ‘Bagaço", acusado de estuprar uma mototaxista.
Os Réus respondem pelos crimes de Homicídio Qualificado e Formação de Quadrilha, podendo pegar mais de 30 anos de reclusão.
Cinco dos oitos Réus que estão sendo julgados
Foto: Hitamar Santos - arquivo

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